Jojo Rabbit. Último dos indicados ao Oscar a ser lançado no Brasil. Jojo Rabbit chega aos cinema nesta quinta-feira, dia 6 de fevereiro. Trata-se não somente do melhor filme entre os indicados ao Oscar, em um empate duro com o maravilhoso Parasita, mas, também, da narrativa menos convencional entre todos os nove concorrentes ao prêmio.
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Jojo Rabbit apresenta uma excelente transição entre a comédia e o drama, da sátira ao comentário social, apoiada pelo roteiro de humor refinado e diálogos ácidos, escrito pelo próprio Diretor Taika Waititi. Além disso, Taija Waititi realiza um grande trabalho de direção na condução do tom do drama, da comédia e do comentário social, ao combinar cenas hilárias com algumas sequências de partir o coração do mais desalmado do seres humanos.
Entre as atuações, destacam-se o jovem e carismático Roman Grieffin Davies, como Jojo, e Archie Yates, o carismático Yorki (que merecia, aliás, reconhecimento nas indicações a melhor ator coadjuvante de algumas premiações), Scarlaet Johanson, indicada a melhor atriz coadjuvante, Sam Rockwell, com seu capitão Klezendorf, e Rebel Wilson, como Fraulein Rahm. Os dosis últimos, especialmente, são os responsáveis pelas gags visuais e pelas melhores cenas de humor, entre as quais destaco a queima de livros no campamento da juvente nazista, a dos pastores alemães e a participação do capitão na batalha final. Para além das excelentes atuações individuais, existe uma química impressionante entre todo o elenco.
Em termos visuais, Jojo Rabbit faz uma grande reconstrução época – trabalho genail de figurino e direção de arte -, apoiada pela cinematografia que lembra os filmes de Wes Anderson, tais como Moonrise Kingdon e O Grande Hotel Budapeste) e o tom narrativo de Cinema Paradiso, ao investir no drama de uma criança em amadurecimento. Neste caso, o amadurecimento associa-se à pressão de adapatação ao pensamento hegemônico da alemanha nazista, quando qualquer questionamento era considerado traição.
Jojo Rabbit funciona como sátira, como drama e como crítica social. Embora eu compreenda a dificuldade de algumas pessoas com a presença de Hitler na tela, considero que, como em O Grande Ditador, Jojo Rabbit ridiculariza a figura histórica e sua loucura por meio do amadurecimento causado pela relação entre o jovem nazista e menina judia escondida no sótão. Assim, trata-se de uma narrativa sobre empatia, perda, luto, combate à ignorância e amor. O Hitler de Taika Wititi é intencionalmente patético, como deveria ser o amigo imaginário de uma criança frágil de dez anos de idade.
Se o humor é subjetivo, deve-se considerar que parte do público poderá não gostar dos personagens de Sam Rocwell e Rebel Wilson, por exemplo. Também é verdade que, se o espectador não gostou de Thor Raganarok ou deo excelente O Que Fazemos Nas Sombras, dificilmente gostaráde de Jojo Rabbit. Ainda assim, considero este o melhor filme de 2019 e o melhor dos nove filmes indicados ao Oscar 2020. Não perca.
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Uma sátira sobre a Segunda Guerra Mundial, que conta a história dum solitário rapaz alemão cujo mundo se vira do avesso quando descobre que a sua mãe esconde no sótão uma jovem judia. Apoiado apenas pelo seu amigo imaginário, Adolf Hitler, Jojo é obrigado a confrontar-se com o seu nacionalismo cego.