A Batalha das Correntes tem como característica inicial, externa ao filme, ser um projeto de dois anos atrás, mas que ficara em banho maria todo este tempo. O longa traz a história da briga entre Thomas Alva Edison (Benedict Cumberbatch) e George Westinghouse (Michael Shannon) para ver quem conseguiria implantar o próprio ponto de vista em relação ao uso de correntes elétricas, invenção recente à época. Além do Nikola Tesla (Nicholas Hoult).
Ironicamente, falta brilho. Temos uma proposta um tanto burocrática e estéril. As linhas das personalidades dos nossos duelistas são traçadas desde o começo e pouco ou nada se modificam. Deixando um gosto pra lá de agridoce. Havia potencial para explorar as mentes, as consequências e sair um pouco do didatismo. Talvez houvesse um bom filme ali, mas não chegou ao produto final.
Contribui um pouco para esse clima, Benedict Cumberbatch fazer o mesmo tipo novamente. De modo algum estou dizendo que não seja uma atuação sem valor, porém cansa vê-lo novamente na pele de um homem com uma mente diferenciada e de personalidade arrogante. Junta com a tecnicalidade do tema e a necessidade de explicá-lo a todo instante, tornando o todo um tanto tedioso.
Ao longo da projeção temos alguns momentos visuais que justificam a ida ao cinema, nada mega revolucionário (e nem todo filme precisa sê-lo), mas que dá uma pitada de interesse. O CGI de oi em vários momentos, alguns podem até dizer que houve algum exagero, mas esse estranhamento coaduna com a proposta da luz ser um elemento estranho naquele tempo.
Voltando aos problemas, se os protagonistas são basicamente reduzidos ao produto que eles acreditam, o que os tornam personagens bem fracos, com menos profundidade ainda há uma leva de coadjuvantes. Nesse escapa o Tesla que há um ou dois arroubos próprios. Os demais transitam entre o clichê e o roubar tempo em tela sem um propósito maior.
A Batalha das Correntes é uma batalha para se manter acordado. Eu torcia para que fosse feita a luz na sala de cinema indicando que a sessão terminara…
Thomas Edison e George Westinghouse lutam para determinar qual o sistema elétrico por eles inventado que vai alimentar o mundo moderno. A história dramática da corrida entre dois nomes de peso dos primórdios da eletricidade.