Piores filmes de 2018. 2018 está chegando ao fim, e chegou o período mais divertido – ou não, há controvérsias – do ano: a publicação das listas dos melhores e piores filmes dos últimos doze meses. Nossa lista dos piores do ano foi ampla e democrática. Praticamente todos os filmes receberam crítica no Razão de Aspecto, porém, alguns sequer mereceram que se dedicasse tempo a esse trabalho. Maurício Costa, Daniel Guilarducci, Aniello Greco e Lucas Albuquerque sofreram muito com filmes ruins nesta temporada.
Finalmente, vamos á lista dos piores filmes de 2018!
Falta de sutileza, roteiro raso, um amontoado de clichês mal distribuídos e uma péssima execução da premissa – que, por si só, já não era grande coisa -, fazem de Verdade ou Desafio um filme que não assusta nem diverte.
Verdade seja dita: desafio é assistir este filme.
Vende-se Esta Casa é um filme tão ruim, mas tão ruim que rendeu uma coluna do #Sarcasmo oi Razão de Aspecto!
O genial de Vende-se esta casa é que é um filme que usa o clichê de casa mal-assombrada para fazer um slasher movie. Mas não qualquer slasher movie. No final nada sabemos sobre o assassino: nem seu rosto, nem seus motivos, nem sua história. Uma nova forma de antagonista: o antagonista não retratado. E que é capaz da terrível vilania de desligar o aquecedor. Sente o calafrio?”
Sei que muitos gostam da franquia, mas estamos diante de um filme que confunde o “Runner” do título com pressa, agilidade com bagunça e emoção com pieguice. E apela para uma conveniência, desequilíbrio dos elementos, falsa sensação de perigo. O mundo acabando lá fora e um diálogo banal sendo o foco. Somos convidados a pular de uma cena para outra sem o devido trajeto, talvez como fases isoladas de um vídeo game antigo pudesse funcionar… como história, não funciona.
Os primeiros relatos davam conta que Venom seria pior que o famigerado Mulher Gato. Tal afirmação é um grande exagero. Contudo, o mais novo filme de heróis da Sony tem muitos problemas, o maior deles é que é uma obra boba, com os personagens indo do ponto A ao B, sem grandes complexidades. Há, porém, diversos equívocos: uma montagem no estilo Michael Bay, um tom de romance que não combina e uma trilha bem exagerada. Um grande desperdício para o desenvolvimento de um ótimo personagem. Pelo visto, não sabem como desenvolver um anti-herói com a qualidade devida.
A ruindade aumenta quando se considera o tamanho do orçamento e da expectativa.
O longa está mais para um amontoado quase aleatório e aborrecido de um diário de férias. Há sequências de cenas que não fazem diferença para nada, salvo para vender um panfleto. Aqui diversos elementos (talvez todos) apontam para o lado oposto a uma narrativa consistente. A montagem reuniu aquele apanhado, os atores (que na realidade são os personagens reais) parecem ler os diálogos e tentam dar uma naturalidade artificial que torna tudo ainda pior. Algumas das coisas que o filme passa: TDA não existe. “Meu deus é maior que as estatísticas”. Tour pela Europa. Pau de selfie. Guerra. Diálogos que não importam. Possivelmente o pior filme de Clint Eastwood. Felizmente, o diretor de redimiu, em 2018, com o bom – ainda que não excelente –The Mule.
Um grande desperdício no aproveitamente de um dos mitos mais marcantes da curta história da internet que já resultou em assassinatos verdadeiros. Trata-se de um filme chato, aborrecido, que não assusta e subestima inteligência do espectador. O personagem merecia mais.
Em suma: pensei em comparar este longa com Crepúsculo ou 50 tons (sem o sexo), mas os responsáveis por Mentes Sombrias devem se achar o novo 2001, pois aparentam crer que a trama é a coisa mais complexa de todos os tempos. Ao assumir tal posição colocam o público como desprovidos de pensar e precisam destrinchar cada movimento – E o título é tudo que o filme não é: tudo está às claras e acho que falta uma mente por trás….
Dos piores filmes do ano, Mentes Sombrias deve iniciar mais uma trilogia de sucesso entre o público alvo. Ou será que nem mesmo a galera teen aguenta mais ser tratada desta forma? Aguardemos…
O terceiro (e finalmente último) filme da saga é o pior da franquia. Durante um tempo maior que o aceitável, o que vemos é uma colagem de cenas. É até complicado traçar uma sinopse aqui. As famigeradas cenas de sexo se restringem ao mais básico – levando em conta que estamos falando de BDSM e de um milionário. Tudo é artificial, há uma dose de humor involuntário que não é possível que os responsável não tenham reparado. No final, volta o episódio com as colagens de cenas, afinal pra que pensar em algo, né? Fácil candidato a piores do ano.
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Robin Hood consegue um feito improvável: embora seja recheado de cenas de ação e não tenha grandes problemas de ritmo, tudo o que acontece na tela cativa muito pouco. À exceção da escolha de figurinos – que mistura inventividade e vergonha alheia -, nada é muito criativo ou marcante, e, quando, ao final do filme, percebe-se que há um gancho possível para uma continuação, já se pensando no estabelecimento de uma franquia, a única coisa que se pensa é em acertar uma flechada na cabeça do produtor. Um filme decepcionante.
Uma Dobra no Tempo tinha tudo para dar certo: produzido pela Disney, orçamento de US$ 100 milhões, Ava Duvarney na direção – indicada ao Oscar por Selma e pelo documentário A 13ª Emenda, um bom livro de Madeleine L’Engle como base para o roteiro adaptado, elenco estelar – com Chris Pine (Star Treck), Reese Whiterspoon (Big Little Lies) e Oprah Winfrey – e equipe técnica de ponta. Infelizmente, a soma desses bons elementos resultou em um filme medíocre, lento, desconexo e desinteressante. Parece algo tão difícil de acontecer que chego a cogitar que tenha sido de propósito (calma, estou sendo sarcástico).
Ao tentar tratar, de forma simples, conceitos complexos de física – como dobra no tempo e frequências -, este filme acaba apelando para a pieguice total de tratar o amor como força da natureza (e a comparação com Interestelar, nesse ponto, não seria estapafúrdia), sem qualquer profundidade que o justifique. Sim, trata-se de um filme dirigido ao público infantil, mas isso não significa que esse público deve ser subestimado: Divertidamente e Viva: A Vida É Uma Festa estão aí para comprovar.
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