A franquia Resident Evil no cinema se mantém coerente: ruim do começo ao fim…
Gênero: Ação Direção: Paul W.S. Anderson Roteiro: Paul W.S. Anderson Elenco: Ali Larter, Milla Jovovich, Rola, Shawn Roberts, Sienna Guillory, Spencer Locke, Wentworth Miller Produção: Jeremy Bolt, Paul W.S. Anderson, Robert Kulzer, Samuel Hadida Fotografia: Glen MacPherson Montador: Doobie White Trilha Sonora: Paul Haslinger Duração: 106 min. Ano: 2017 País: Estados Unidos Cor: Colorido Estreia: 26/01/2017 (Brasil) Distribuidora: Sony Pictures Estúdio: Capcom Entertainment / Constantin Film Produktion / Davis-Films / Impact Pictures / Screen Gems Classificação: 14 anos
Sinopse: Seguindo os eventos de Resident Evil 5: Retribuição, Alice sobrivive ao apocalipse zumbi e retorna para Raccoon City. Lá, ela é forçada a lutar contra o tempo quando a temida Rainha Vermelha, que tenta destruir o que sobrou da humanidade. Neesa jornada, ela se reencontra com velhos conhecidos, além de fazer novos aliados.
Nota do Razão de Aspecto:
————————————————————————————————————————-
A segunda adaptação de um game lançada no Brasil em 2017 faz algo que parecia impossível: tornar a primeira, Assassin’s Creed, melhor. É realmente inacreditável que a franquia Resident Evil no cinema tenha chegado ao sexto filme. Atentem-se que a crítica é exclusivamente à expressão cinematográfica. Não estou entrando no mérito se é fiel ou não ao jogo e muito menos se o jogo é bom ou ruim… O que vale para a análise aqui são as horas transmitidas na telona e pensar o longa como um filme de ação/ficção científica que ele se propõe.
O começo já é padrão, temos a Alice (Milla Jovovich) nos contando um resumo dos outros filmes. Em um texto cheio de frases de efeito. Desta vez, o foco estava na Umbrella – em mostrar como eles são malvadões e vitoriosos. A necessidade de tal prólogo é um tanto quanto questionável. Sem contar que devemos nos perguntar de onde que a protagonista está narrando aquela história…
História… falar de uma trama aqui soa até engraçado. O plot é uma missão dada pela grande rival, a Rainha Vermelha e prontamente aceita por Alice. A desculpa de “ser a última esperança” não convence ninguém… Parece quando um inexperiente mestre de RPG coloca na aventura um desafio para os jogadores cumprirem, mesmo que não faça sentido… e quando eles se recusam, o mestre dá voltas e voltas para que o jogadores voltem por aquele caminho – aqui, como falei, sequer há uma recusa contundente de Alice…
Em suma: o filme é quase um road movie para ir do ponto A ao B da forma mais linear e episódica possível. A estrutura é: ela sozinha, ou em grupo, andando. Aparece um bicho. Alguém morre. O antagonista sai de cena ao bel prazer (para evitar de matar mais gente). Outro bicho aparece. Mais alguém morre… um deus ex machina aqui, outro acolá… e as típicas reviravoltas que não impressionam mais ninguém…
“Mas é um filme de ação… não precisa ter história…” Não concordo, todo filme tem que ter uma trama decente, isso é basilar… Não pode se pautar apenas em explosões (e acredite: há umas 876 cenas com coisas indo pelos ares…). Mas ok, vamos lá… Pensando só nas cenas de adrenalina, Resident Evil continua pessimamente realizado. Eu queria ter visto o filme, mas a tela piscava tanto que pensei que se tratava de uma produção natalina (no Japão estreou dia 23/12, pode ser essa a explicação). Ou seja, a ação é toda editada e raramente vemos uma movimentação completa sem que haja um corte e mude o ângulo. Sem contar que a escuridão da imagem (combo filme em 3D + se passar à noite) não ajuda. A opção é soa mais como preguiça do que para “dar um clima”.
Outros dois pontos negativos, que são muletas do gênero, é o uso da famigerada câmera lenta – a troco de nada, na maioria das vezes. E a coisa toda cronometrada, literalmente, para reforçar (ou tentar) o senso de urgência. Essas são ferramentas já saturadas e que mostram a limitação do diretor Paul W.S. Anderson, o nome por trás de 4 dos 6 filmes da saga.
Voltando para o roteiro, há um subtexto religioso que é completamente jogado em tela e mal desenvolvido. Outra das muitas coisas desnecessárias aqui. E mencionei as frases de efeito da abertura, elas estão presentes em vários diálogos alguns exemplos como a nossa heroína diz: “Tem algo nos perseguindo”. Alguém a questiona: “tem certeza?”, a resposta dela: “é isso que eu faço”. Ou então capitão óbvio entra em cena: “O que vamos fazer?” pergunta um personagem ante uma horda de zumbis. “Vamos matar todos eles”, diz um outro….
Sem dar spoiler, mas a motivação dos bandidos é explicada e era melhor que não fosse. O final é de uma pieguice e vergonha alheia sem igual. A tentativa de dar um peso dramático faz com que os momentos de ação, tão criticados antes, deixem saudades….
Os fãs dos jogos reclamam que o filmes não são fieis ao jogo, garanto: esse é o menor dos problemas….
Gênero: Comédia Direção: David Wnendt Roteiro: David Wnendt, Mizzi Meyer, baseado no livro de Timur Vermes Elenco: Oliver Masucci, Fabian Busch, Christoph Maria Herbst, Katja Riemann, Franziska Wulf, Lars...