Elenco: Anna Savva, Colin MacDougall, Darren Whitfield, Florian Schwienbacher, Ian Cairns, Irina Kara, James Bloor, James Smillie, James Warren, Jean-Luc Julien, Jeremy Irons, Jerry Kwarteng, Mark Thompson-Ashworth, Olga Kurylenko, Oscar Sanders, Rod Glenn, Shauna MacDonald, Simon Johns, Simon Meacock
Produção: Arturo Paglia, Isabella Cocuzza
Fotografia: Fabio Zamarion
Montador: Massimo Quaglia
Trilha Sonora: Ennio Morricone
Duração: 116 min.
Ano: 2016
País: Itália
Cor: Colorido
Estreia: 22/09/2016 (Brasil)
Distribuidora: PlayArte
Estúdio: Paco Cinematografica
Sinopse: Amy (Olga Kurylenko) é uma estudante de astrofísica que tem um profundo caso de amor com seu professor, Edward (Jeremy Irons). Visto que Edward é casado, eles tem que manter este amor em segredo, vivendo vidas em separado, mas Edward sempre consegue manter o romance através de vídeos, cartas, mensagens, encomendas e e-mails. O esforço de Edward se mostrará capaz de suplantar até a morte.
Nota do Razão de Aspecto:
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Um dia antes da estreia em Brasília fui conferir o “Lembranças de um amor eterno”. Fui sem saber nada sobre o filme além do título, e confesso que nos créditos iniciais fiquei animado. Um filme com direção de Giuseppe Tornatore (de “Cinema Paradiso”, “Malena” e “O melhor lance”), com Jeremy Irons (de “A missão”, “Duro de matar – A vingança”, “O Homem da máscara de ferro”, etc) de protagonista e Ennio Monricone (de “Os oito odiados”, “Bastardos Inglórios”, “Cinema Paradiso”, “O melhor Lance” entre tantos outros) fazendo a trilha sonora, não tinha como ser ruim. Ainda bem que não apostei nisto.
A primeira cena aumentou meu ânimo. De modo simples e competente, os dois personagens principais foram apresentados, em minutos, com uma boa carga dramática. No momento em que Edward sai do quarto de hotel de Amy, e entra no seu próprio, já sabemos do romance proibido, das vidas fragmentadas, da confusa relação entre amantes que são ao mesmo tempo professor e aluna, tutor e aprendiz.
Depois tudo só vai piorando. As quase duas horas de filme mostram menos sobre os dois amantes que estes primeiros minutos. O filme praticamente não possui conflito dramático, os personagens principais não evoluem, e os coadjuvantes são irrelevantes e banais.
Jeremy Irons e Olga Kurylenko (de “Max Payne” e “Quantum of Solace”) até se esforçam e tentam tirar leite de pedra, mas visto que Edward tem que sempre ser encantador e Amy sempre tem que chorar, não conseguem fazer muita coisa. Em nada ajuda o fato de 90% do tempo o filme se passar em monólogos de um dos dois personagens para uma câmera de notebook, em imagem de baixa qualidade, em um close-up que desperdiça o formato widescreen. Isto quando a tela não se resume a mostrar uma tela de celular com mensagens trocadas e uma monótona narrativa em off.
A fotografia do filme é uma das piores que vi nos últimos anos, com excesso de imagens em baixa resolução. Os diálogos são quase inexistentes, a maior parte do texto são monólogos artificias que parecem saídos de um escritor de primeira viagem que tenta repetidamente manifestar um único lado de cada personagem.
Talvez a idéia de Tornatore tenha sido usar destes recursos visuais e narrativos para criar a idéia de separação, distanciamento, e do amor como ponte capaz de transpor todas estas dificuldades. Mas fracassa devido ao excesso de repetições cansativas. Depois de duas ou três vezes o quarto envelope com o mesmo tipo de mensagem, o sexto e-mail ou o décimo toque de celular perde o impacto.
E depois de quase duas horas de repetições, que fazem jus ao uso do termo “eterno” no título nacional, um conflito artificial, externo a trama central, banal e piegas, é o responsável pelo fecho do conflito, pela superação do luto de Amy. Mas a única satisfação que gera no espectador é saber que a história eterna chegou ao fim.
As poucas coisas que salvam algo são a competente trilha sonora, apesar do sentimentalismo dela destoar da falta de drama do que acontece em tela, alguns momentos do Jeremy Irons, a cena inicial e a cena em que Amy descobre um terrível segredo acerca de Edward. No mais, um filme para não guardar lembranças. Uma mancha na carreira de Tornatore.
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