Em sua primeira aula sobre teoria,
linguagem e crítica cinematográficas, o mestre Pablo Villaça pergunta aos
alunos o que os motivou a procurar o curso. Ao ouvir a questão, surgiram-me
duas linhas de resposta: em primeiro lugar, quando gostamos de um assunto,
queremos – ou deveríamos – aprender mais sobre ele, aprofundar os conhecimentos,
encontrar outras pessoas com interesses semelhantes e nos divertirmos, fundamentalmente.
O segundo motivo, ao menos no meu caso, era superar a máxima preguiçosa de que
“gosto não se discute”.
É claro que cada um gosta do
que bem quiser – eu mesmo adorava a série de TV do Highlander, o que depõe
muito sobre mim – mas isso não nos impede de tentar identificar elementos mais
ou menos objetivos que qualifiquem – ou desqualifiquem – uma obra audiovisual. “Gosto
não se discute”? Discute sim… e
existe uma área milenar do saber humano chamada “estética” que se
dedica, há alguns séculos já, ao assunto.
Foi com esse espírito que
recebi a ideia do Maurício de mantermos um blog
sobre cinema.
Bem-vindos ao Razão de
Aspecto. A sessão já vai começar.